terça-feira, 25 de novembro de 2014

Amor, simplesmente

Por Filipe Macedo

 A maior prova de amor que recebi da minha mãezinha, aconteceu quando eu tinha aproximadamente quatro ou cinco anos.

Um dia, repentinamente senti uma louca vontade de tomar "Quilk de Morango", Comentei com ela, Nossa situação financeira naquela época não era fácil, Ter um pote de Quilk em casa, era luxo demais, porém fiquei com aquilo na cabeça.

O dia passou, a noite chegou e eu amanheci doente, febril. Minha mãe suspeitou o que seria vontade de tomar Quilk de morango. Aparentemente eu tinha entendido que não podia ter, mas meu organismo não funcionava da mesma forma. E como sempre dizem “mãe é mãe”, tive uma grande surpresa!

Naquele dia mesmo minha passarinha iria conseguir curar minha vontade. No café da tarde, pude sentir de longe um cheirinho de morango vindo da cozinha. Vinha do leite fervido aquele cheirinho gostoso ... hum ... Ansioso fui buscar minha canequinha, mas tinha alguma coisa errada, estranhei quando vi que o leite estava muito branco ainda, então, perguntei para a mãezinha porque não colocava mais para ficar bem rosinha. Ela explicou que tinha colocado pouquinho, pois assim o Quilk ia render mais, aquilo foi suficiente para satisfazer minha curiosidade e principalmente a vontade que sentia.

Fui para o quarto ver televisão e depois de um tempo, já saciado, quis agradar minha mãe levando a canequinha até a pia da cozinha pra lavar. Ela não estava por perto, e quando pousei a canequinha dentro da pia, vi uma coisa estranha grudada na panela de leite que estava posta lá dentro para ser lavada, Com esforço me ergui e cheguei mais perto, cutuquei curioso e vi que era um chiclete grudado por dentro da panela.

 Entendi na hora o que tinha acontecido, o leite fervido com chiclete de morango deu o cheirinho que meu estômago mimado precisava para ser saciado, então corri para o quarto e fingi que nada sabia, entendi naquela hora o que era amor ... A partir dali, CRESCI e hoje sou grato a Cinquentona mais linda do mundo, a minha sábia passarinha Efigênia Imaculada a quem dedico todas as coisas boas que acontecem na minha vida.

segunda-feira, 31 de março de 2014

Pequenos grandes filósofos

Por: Rosimeire Amorim
Na escola, crianças de 4 e 5 anos. Achamos um passarinho morto no parque...


Episódio 1: Viva a diversidade!
"Nós vamos devolver o corpo do passarinho para a terra, a mãe natureza.A vida não está mais aqui..."
 "A vida do passarinho foi pra outro mundo..."
 "Ela virou uma estrelinha..."
 "Foi pra outro planeta..."
"Foi pra Jesus..."
"Foi pra outro passarinho...
Moral da História: as crianças tem todas as respostas... e todas elas são verdadeiras, refletem suas vivências, seu contexto simbólico, social e cultural. Quem poderia ser mais completo do que todos juntos?!

Episódio 2: Entre o céu e a terra há mais coisas do que pode supor nossa vã filosofia
 "Professora, por onde saiu a vida do passarinho?"
"Pelo buraquinho que tinha no pescoço dele?"
 "Boa pergunta, Guilherme..."
Moral da história: ...!

Episódio 3:(  )
"Quando eu ficar velhinha e morrer (porque todos nós vamos morrer um dia) meu corpo também será entregue à mãe natureza..."
"Ah! Professora! Eu vou morrer?!"
Moral da história: a vida é assim...

 Como canta Tom Jobim:



sábado, 8 de fevereiro de 2014

As marcas que podemos deixar nos nossos alunos...


Por: Nicole 

Lembro do cheiro de uma professora
Era muito pequena
Mas a lembrança do olfato até hoje perdura.
Alfazema
Gostava de ficar muito perto dessa professora
Respirar... inspirar... me envolver na sua ternura
Até hoje o cheiro de Alfazema remete o afago que ela traduzia para nossa turma.

Lembro também do Diretor da escola.
Fizemos um passeio na Serra do Mar.
Surge uma cena que ele fez explorar.
Fixou na memória
Uma cobra no seu momento de refeição
Um pequeno pássaro foi servido.
O mistério da cadeia alimentar foi desvendado.
Não me tornei bióloga
Mas aprendi a observar as cores e formas da natureza.

Não vivi a cena como aluna
Mas sei que isso poderá servir como uma lembrança para aqueles alunos.
Lagarta comilona
Um casulo que passou sua metamorfose em um aquário
Todo dia recebendo vários olhares atentos as mudanças...
Transformações da natureza
Até que aparece uma linda borboleta
Foram alunos privilegiados por esta sensação estética.

Outra marca deixada
A química dos ingredientes
Que se bem medidos e misturados
Aquecidos
Atiçam o paladar
E depois em comunhão são degustados
Como dever cumprido.

Manoel de Barros
Leitura para criança?
Leitura para adulto?
Não sei...
Mas acordar com ele e compartilhar com os meninos
São marcas que fixam
Quem sabe alguém escreverá sobre isso?

No nosso fazer educador
Pequenos atos...
Grandes feitos ...
Vão construindo cada ser único
Deixando marcas tatuadas que um dia viram homenagem para os professores.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Muito engraçado sem querer

Por: Sonia Vieira

O sobrinho de 3 anos entrou na escola. Que maravilha! Rapidamente se observou seu desenvolvimento. Comida na boca? Nem pensar! Come sozinho. A linguagem então...Desatou falar e falar.

A família sempre gosta de faze perguntas para as crianças. Geralmente peguntas óbvias, só por achar graça em sua forma de responder. "Você brinca na escola||?". "Binco". 

Eis que perguntei a ele: "e como chama sua tia?". E ele rapidamente, fala bem alto; "Ô tia!"
É ... Está respondido!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Caminhos de cura

Por: Luciana Lima
Terapeuta Naturista

 Ao ler seu livro, percebi a forma serena que compartilhou conosco trechos de sua vida. Essa visão sem sombra de dúvidas fez toda a diferença, principalmente no momento de desarmonia, que são as doenças.


Me remeteu a um diagnóstico que tive aos 12 anos de idade no qual eu jamais poderia praticar atividade física. Fui uma criança extremamente elétrica, sempre correndo, pulando, fazendo arte e em movimento. Em um dado momento, não me recordo direito quando, comecei ter dores nas minhas articulações que foram se intensificando. E quando eu tinha essas crises, até para ir ao banheiro, meu pai precisava me levar. Elas foram se tornando cada vez mais frequentes e meus pais tiveram que buscar ajuda médica para tentarem amenizar esse processo tão doloroso.
Chegaram a conclusão de que eu tinha fascite plantar e um desvio na coluna. Fui em alguns médicos e o tratamento fiz com um reumatologista.
Foi um tempo no qual tive que ficar de repouso, fui proibida de fazer educação física e tive que sair da seleção de hand da escola.
Ficava em casa lendo e tentando ser normal nas outras coisas.
Com 17 anos tive alta, sem nunca saber direito o que acontecia. Houveram várias hipóteses mas não havia casos similares pelo menos não com a minha idade, deixei isso tudo guardado dentro de mim.
Há uns 3 anos passei num outro reumatologista que diagnosticou essa fase como fibromialgia, eu nunca mais tive outra crise, parece um sonho muito distante.
Fui estudar terapia alternativas e em uma das minhas aulas de Medicina Tradicional Chinesa, analisaram meu caso e chegaram a conclusão de que o elemento Madeira (Fígado/Vesícula) descompensou todo o resto.


Hoje, eu levo uma vida normal, saudável, pratico atividade física quase todos os dias, sou corredora e já fiz até algumas Meias Maratonas.
Eu só agradeço a Deus, por não ter entregue os pontos e assumido como verdade absoluta quando me disseram que eu jamais poderia praticar atividade física de novo. Lembro de não ter dimensionado direito o que isso significava mas, que eu me agarrava a todos os conselhos médicos e seguia a risca, na esperança de poder ter a mínima mobilidade, deu certo.
Acreditava que eu conseguiria ser saudável, tive outros desafios em relação a essas desarmonias, nada tão contundente, mas percebo a força do meu pensamento, eu olho para mim mesma e fico conversando com minhas células contando para elas, que elas são sadias, que tudo em mim está fluindo da melhor forma possível e que eu vou conseguir o que eu me propus nessa encarnação. Eu sou a dona do meu destino e a única responsável pela minha colheita.

Obrigada por me fazer refletir sobre esse assunto, gratidão Cris.